quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Apenas um consolo...




Muitas vezes nos vemos em situações que não sabemos como  iremos encontrar uma solução. Podemos nos sentir tristes, com raiva, incompreendidos, sozinhos, etc. etc. etc. Nesses momentos, em geral, ficamos frustrados, pois queremos soluções rápidas e fáceis. Mas é possível aprender a lidar melhor com tais situações. Irei listar alguns pensamentos que costumam ajudar:

1º: Devemos sempre lembrar que todos têm problemas, ou seja, não acontece só com a gente... Evite pensamentos do tipo: “Tinha que ser comigo”, “só acontece comigo”, ou “tudo dá errado na minha vida”... Isso só diminuiu a auto-estima, traz sentimentos de negatividade e, além de tudo, é uma inverdade...
2º: É preciso aprender a controlar a ansiedade e dar um tempo para que nosso aparelho psíquico se reorganize e busque alternativas para lidar com a situação em questão. Pressa nesses momentos só facilita as oportunidades para que façamos besteiras... Respire... Pense... Aguarde... Procure não agir de forma inconsequente... Isso diminui a possibilidade de arrependimentos ou sentimentos de culpa.
3º: Não estamos sozinhos. O ser humano costuma olhar apenas para o problema e tende a ignorar o que há em volta. Amplie seu horizonte e olhe ao redor. Passe a enxergar aqueles que estão ali, próximo. Muitas vezes prontos para lhe oferecer uma palavra um abraço ou um simples olhar (é... olhares podem “dizer” muita coisa...).  Talvez eles não possam resolver os problemas, mas podem te dar um conforto, a paz de saber que temos alguém com quem contar. É... Essas pessoas existem... Acredite.
4º: Sempre existirão dias bons e dias ruins. SEMPRE!     Portanto aceite: Se nenhum ser humano pode ser considerado perfeito, a vida também não pode ser sempre um mar de rosas... Mas em geral é essa alternância que nos dá a certeza que, após alguns períodos de dificuldades, irão surgir outros momentos de felicidade.
5º: Aprenda que lidar com dificuldades faz o ser humano amadurecer, se fortalecer. Isso acontece por que enfrentar seus momentos menos favoráveis te traz uma certa sagacidade e, lhe permite aumentar sua auto-estima. Isso acontece por que você passa a perceber que é capaz de resolver seus problemas, mesmo que isso demore um pouco ou cause alguma dor temporária.
Enfim... Esse post é dedicado a uma pessoa específica que passa por momentos difíceis, porém poderia ser dedicado a todo e qualquer ser humano, portanto, espero que minhas reflexões contribuam de forma positiva para aqueles que, em algum momento, precisam, precisaram ou precisarão de palavras de esclarecimento e incentivo.

domingo, 3 de outubro de 2010

Abrir os olhos

O post de hoje é uma reflexão a respeito da diferença existente entre o que as pessoas dizem que pensam/sentem e o que elas pensam/sentem verdadeiramente.

Então... Assim sendo...
Muitas e muitas vezes me pergunto: Como lidar com os diferentes tipos de pessoas que existem no mundo?
Bem...
Nossas ações serão moldadas de acordo com a forma como nossos olhos vêem o mundo... Mas...
O que é ver o mundo? Do que se trata isso, exatamente?
Por vezes entendo que ver o mundo é olhá-lo através do que nossos olhos esperam... Deixar que nossa percepção seja atravessada por nossos desejos...
Nada disso é surpresa... Afinal, nosso olhar está,constantemente, carregado com nossas percepções a respeito de tudo o que há nessa vida...
Não podemos negar: Na maioria das vezes vemos aquilo que queremos ver...
Por outro lado... Existem momentos que percebo que, por mais que possamos querer determinadas coisas, elas não são como gostaríamos... Sempre haverá o tempo de perceber que a realidade, às vezes, pode estar além do que queremos, na contramão de nossos desejos...
Daí vem um grande dispêndio de energia...
Em geral, nesse momento começam as tentativas...
Tentamos... Com toda a firmeza, todos os dias ABRIR BEM OS OLHOS para tentar ver além do que desejamos, tentarmos burlar o nosso anseio, mas o que vemos é ainda o reflexo do que esperamos das pessoas, do que gostaríamos que elas fossem.

E daí vem a dúvida... Daí vem o questionamento:
Devemos lidar com aquilo que vemos?
Ou...
Devemos lidar com o que sabemos que existe, mas que nossos olhos não estão ainda preparados para enxergar?


ÓTIMA pergunta...
Mas
Qual será a resposta?
Com certeza nenhuma das opções será correta em absoluto.
Talvez o correto seria afirmar que cada pessoa, em cada momento de sua vida, precisa encontrar a forma mais adequada de olhar o mundo...


De acordo com suas necessidades caberá a cada um escolher o momento de olhar a realidade como ela é, ou olhá-la como gostaríamos que fosse.


domingo, 26 de setembro de 2010

Apoio: Movimento de entrega que transforma relações

Já sabemos que o ser humano é social... Isso é fato...
Devido a essa característica nos vemos quase sempre em busca do contato, da convivência com o outro...
Daqueles que amamos esperamos muitas coisas, entre elas o apoio, a presença...
O apoio se caracteriza pela demonstração de respeito e afeto, traduzida na sensação de que é possível contar com alguém.
Em geral nós esperamos que o outro nos compreenda, nos ame e, nos aceite exatamente do jeito que somos...
Buscamos, em um outro ser, demonstrações de afeto e confiança que tornem nossa vida mais agradável, mais harmoniosa, mais divertida e mais leve...
A grande questão é que nem sempre tudo isso é fácil...
Afinal, somos uma mistura de defeitos e qualidades, forças e fraquezas, erros e acertos...
Infelizmente, nem sempre estamos prontos para oferecer o apoio que o outro necessita, muitas vezes é difícil entender o que ele quer, saber do que ele precisa...
O momento pode ser inadequado e, às vezes, não nos damos conta da importância de nossa presença na vida do outro...
É preciso controlar a ansiedade e saber esperar...
Quanto tempo?
Ótima pergunta...
?
Uma coisa é certa: É preciso respeitar o ritmo de cada um...

E se você tem alguém com quem contar... Alguém que te apóia... Alguém que te ama e que você ama também. Tente esperar o tempo dela...
Tente respeitar os limites dela... Faça com que ela perceba que você está ali...

Mesmo sem saber por quanto tempo...
É difícil, mas não é impossível... E faz toda a diferença...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O verdadeiro sentido de uma verdadeira dupla

Bem... Depois de um longo e tenebroso inverno (rs) sem nada postar em meu blog... Senti necessidade (e arranjei um tempo haha) para escrever sobre duplas...

DUPLAS?!?!?!
É...
Por isso que o título mais adequado para este post é:

O verdadeiro sentido de uma verdadeira dupla

Primeiramente deveria explicar o que estou chamando de dupla... Dupla seria a união de duas pessoas.
Física?
Pois é... Felizmente ou Infelizmente nem sempre a união é emocional...           
Mas continuemos...
Existem muitas situações em nossa vida que a existência das duplas é pensada quase que automaticamente. Vejamos:
Romeu e Julieta
Queijo e Goiabada
Tom e Jerry
Arroz e Feijão
Ponto e vírgula
Chaves e Kiko
O gordo e o magro
Etc. Etc. Etc.

Não sei se por já recebermos estas informações ao longo do nosso desenvolvimento, acabamos fazendo associações no sentido de parecer que precisamos de uma dupla para nos completar... O TEMPO TODO...

Então... Isso é, até certo ponto, verdade... O individualismo exacerbado não leva a lugar nenhum (pelo menos não a um lugar que seja bom)...
Além disso, sabemos que o ser humano é social e, portanto, precisa estar em contato com o outro... Trocar informações, sentimentos, até mesmo discordâncias, quando considerar necessário, é saudável. Mas existem pessoas que fazem dessa necessidade uma verdadeira obsessão a ponto de se abster de desejos e opiniões focando aumentar a importância e existência da outra metade da dupla em sua vida.
O outro é sem dúvida importante, mas este precisa, com o mesmo sentido de valor, complementar e ser complementado, nesse caso POR VOCÊ.

Então acompanhe o raciocínio:

Primeiro: Existe você;
Segundo: Existe o outro;
Terceiro: Existe o encontro de vocês dois, ou seja, A DUPLA.

Se em um relacionamento qualquer entre duas pessoas (seja de namoro, amizade, questão profissional, ou sei lá o que...) um dos lados se anula de forma a quase inexistir... NÃO EXISTE DUPLA... Não é verdade?
Existe apenas um...
Por isso não se anule... Por que para haver complemento precisa haver algo a ser complementado...
Assim podem ocorrer verdadeiros encontros... Não como se você precisasse abrir mão de si próprio e se diminuir para ter o outro próximo, mas como em situações nas quais você é tão admiravelmente importante quanto o outro e, com certeza, o resultado dessa combinação será algo ainda maior e mais fascinante.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Anjos...

Eles existem...
Em minhas teorias...
Em meus desejos...
Em minhas reflexões...
Na minha fé convicta e absoluta...
Por mais que, às vezes, tudo pareça perdido...
Por mais que, às vezes, ninguém pareça falar a sua língua...
Por mais que, às vezes, o mundo pareça injusto e mal
Eles estão lá...
Do seu lado...
Sem que você perceba...
Sem que você espere...
Eles existem...
Os Anjos...
Anjos disfarçados de seres humanos...
Anjos são aquelas pessoas que aparecem do nada para te salvar...
Anjos são aquelas pessoas que nos fazem bem apenas com a sua simples presença...
Anjos são aquelas pessoas que não julgam, mas acolhem...
Anjos são aquelas pessoas que querem te ver sorrir...
Anjos são aquelas pessoas que, muitas vezes, você não precisa nem falar...
Anjos são aquelas pessoas que... Enfim...
São Anjos...
São poucos...
São como bondade traduzida em forma de gente...
Eu tenho os meus...
E tenho certeza que você tem os seus...
Eu acredito...
Espero que você também...
Anjos...
Eles realmente existem.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Saudades... A verdadeira relação entre amor e memória...

Melancolia...
Saudades...
Sentimento estranho que não obedece à razão...
Por vezes pensamos que só sentimos saudades do que está longe...
Mas nem sempre é assim...
Quantas vezes a saudade invade nosso cotidiano trazendo aos nossos pensamentos pessoas com as quais estamos frequentemente... Como explicar? Talvez em nosso íntimo a frequência devesse ser maior e maior...
E quando sentimos saudades daquilo que nunca tivemos?
Saudade daquilo que sonhamos ter...
Saudade daquilo que sonhamos viver...
Saudade de um desejo latente...
Saudade de um amor platônico...
O mundo dá mil e uma voltas (literalmente)...
Podem passar horas... Dias... Semanas... Meses... Anos... Ou Décadas...
E ainda assim... Quando algo ou alguém se faz realmente importante em nossas vidas e por algum motivo se faz então ausente... Sentiremos saudades...
Saudade dói...
Dor que atinge a alma...
Dor, muitas vezes, sem solução...
Dor que tortura e aflige em uma busca, mesmo que irreal, de ter de volta o objeto amado...
Quando nos perdemos em momentos de saudade estamos tentando trazer de volta aquilo que já não temos... Ainda que seja só em pensamento... Muitas vezes não é o suficiente, mas é o que há...
E que assim seja, pois somos humanos e vivemos de acordo com o que a vida nos oferece...
Pelo menos resta-nos o consolo de ter algo para recordar...          
Momentos para lembrar...
Um passado que vale a pena querer reviver...

domingo, 22 de agosto de 2010

Diferenças

Eu diria que administrar diferenças é uma das coisas mais difíceis na vida de qualquer ser humano.
Acredito que uma das grandes dádivas que a vida nos dá é a oportunidade de conhecer e conviver com o diferente.
Mas então por que será que uma grande parte das pessoas se esquiva do contato com o aquele que não é igual?
Tenho por hábito dizer o seguinte: Essa história de que todos nós somos iguais não existe. Todos nós somos iguais em DIREITOS e DEVERES, mas enquanto seres humanos dotados de características únicas e singulares SOMOS DIFERENTES sim... E isso é muito bom.
Ao cruzar nossas informações é possível aprender tanta coisa. Dar um pouco de si e receber um pouco do outro. Aceitar as diferenças como um complemento relativo aquilo que você não tem e oferecer a mesma oportunidade ao outro.
O triste tem a oportunidade de receber alegria;
O nervoso tem a oportunidade de receber calma;
O ansioso tem a oportunidade de receber tranquilidade;
O inseguro tem a oportunidade de receber segurança;
O medroso tem a oportunidade de receber coragem;
O frio tem a oportunidade de receber calor;
Do encontro de dois ou mais seres humanos pode nascer infinitas combinações resultantes dos diferentes tipos de personalidades em questão. Cabe a você transformar tais encontros em evolução, em união. Permita-se ser um agente de mudança no outro, e que o mesmo aconteça com você.
Em busca do melhor sempre J.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O valor das palavras

Bem... Hoje me utilizo do fragmento de um texto a respeito da psicanálise freudiana para falar de um tema que sempre considerei de grande relevância e importância. O texto é de Nelson da Silva Junior[1] e foi publicado na revista Psicoterapias (edição nº 1).

“...Há algumas histórias tão boas que não importa se são ou não verdadeiras, pois, de certo modo ilustram a verdade mais fielmente do que os fatos poderiam fazê-lo. Conto então uma história sobre Sigmund Freud (1856-1939) que me foi relatada por um amigo há muitos anos...
Meu amigo assinava o contrato de aluguel de um apartamento em São Paulo quando conheceu a senhora em questão. Ao saber que ele era analista em formação, ela se apressou em dizer que era psicóloga, que tinha estudado com o psicólogo epistemólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) e havia conhecido Freud. Segundo contou, sua tia era uma mulher muito bonita, de uns 30 anos, que já tinha procurado vários médicos devido a dores cuja causa nenhum deles havia encontrado. Com relutância, marcou uma consulta com Dr. Freud, controverso especialista em doenças nervosas de Viena. Ao encontrar o psicanalista, declarou com impertinência sua falta de confiança na psicanálise. “Se é verdade que o senhor trata só com as palavras, isso será inútil. Não acredito que meras palavras tenham poder sobre minhas dores do corpo.”
O experiente médico teria se mantido imperturbável. Perguntou sobre o que a trazia ali, quando suas dores tinham começado, onde eram, se e quando mudavam de intensidade, quais tratamentos tinha tentado, se tinha outros incômodos e também sobre sua vida em geral. Quando pareceu satisfeito, iniciou um discurso um pouco surpreendente para ambas:
“Vejo que a senhora, apesar dos males que a afligem, é de rara beleza. Isso não deve ter lhe escapado, uma vez que, imagino eu, não devem ser poucas as expressões de admiração e as conseqüentes investidas dos cavaleiros de nossa cidade. Sua pele é de uma textura extremamente delicada e saudável”. Nisso se levantou, pegou um espelho que mantinha preso no ferrolho da janela e o aproximou da dama, oferecendo a imagem da qual falava à jovem senhora, visivelmente lisonjeada. “Observe! Trata-se mesmo de uma beleza pouco comum, algo oriental, com grandes olhos negros e ligeiramente oblíquos”... Completou o elogio com uma espécie de apoteose ao momento sublime que aquele rosto capturava. “Observe minha senhora, e não se esqueça jamais desse momento. Ele é a própria imagem do ápice da beleza feminina encarnada em um roto simplesmente perfeito!” Nisso, com efeito, a expressão da jovem havia se transformado. Seus olhos brilhavam, seu rubor saudável indicava uma felicidade vivaz e satisfeita. Ela estava simplesmente exuberante e deliciada com o que via.
“Contudo”, continuou com outro tom de voz, “se examinarmos com cuidado, será possível notar que os primeiros sinais da velhice já se anunciam sutilmente”. “Veja bem”, disse aproximando o espelho do olhar hesitante da jovem. “Um pequeno, mas indisfarçável reticulado se irradia dos cantos das pálpebras e dos lábios...” A angústia da moça ao confirmar aquelas marcas as sulcava um pouco mais. Dr. Freud tinha experiência detectar os sinais mínimos de perturbação interior. Bastou que indicasse as poucas irregularidades da pele para que as lágrimas brotassem dos olhos baços da infeliz. “Talvez o que vê agora seja meramente fruto de sua aflição diante da verdade: que nosso melhor tempo é como um só dia de sol antes de um longo inverno de decadência contínua.” Nisso, a jovem senhora já contemplava outra imagem. Seu nariz e olhos, inchados com o choro, e a fronte, avermelhada com a tensão, de fato pareciam confirmar a profecia do médico. Foi então que seu tom de voz de novo mudou e assumiu um ar benevolente e carinhoso. “A senhora se recorda do rosto divino que viu há pouco nesse mesmo espelho?” Ela acenou afirmativamente com a cabeça, incapaz de falar. “Pois bem, minha senhora, ele se transformou na imagem que vê agora apenas com o poder das palavras!”
Essa curta e mítica história nos serve para apresentar o problema que ocupou Freud ao longo de sua produção da teoria e da clínica psicanalíticas: é evidente que as palavras têm o poder tanto de curar quanto de adoecer uma pessoa...”
Por isso... Cuidado com as palavras proferidas a você ou aos outros... Utilize-as para promover saúde e felicidade intra e interpessoalmente e não o contrário ;) .







[1] Nelson da Silva Junior é psicanalista e doutor pela Universidade de Paris VII. Professor livre-docente do departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), professor visitante da Université de Bretagne Occidentale, professor do curso de psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Membro do departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanpalise e da Associação Universitária de Pe3squisa em Psicopatologia Fundamental. Autor dos Livros Le fictionnel em psychanalyse. Une étude à partir de l’oeuvre de Fernando Pessoa (Presses Universitaires du Septentrion, 2000) e Linguagens e pensamento. A lógica na razão e desrazão (Casa do psicólogo, 2007).

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pessoas que trocam pessoas...

Bem... Geralmente quando escrevo sobre algum tema me preocupo em buscar assuntos que realmente façam algum sentido para mim... Isso me ajuda a escrever com sentimento, e não apenas teorizar de forma distante sobre qualquer questão.
Então... O tema de hoje é polêmico e profundamente triste, pelo menos assim eu o percebo.
Existem pessoas que trocam de amigo como trocam de roupa... E vejam bem... Não estou questionando o ato de agregar mais amigos... Estou me referindo ao ato de escolher um e descartar o outro.
Não é de hoje que vejo em minha rotina diária uma série de situações assim... Pessoas que declaram amor eterno e apaixonado por alguém e, por conta de mudanças e giros que a vida tem, passam a ignorar o outro por conta do surgimento de uma nova pessoa em sua vida...
Por vezes não é uma pessoa que surge como opção de escolha... Pode se tratar de um curso... Um trabalho... Momentos tristes... Momentos alegres... Enfim... Tudo se torna um motivo para o velho discurso: NÃO TENHO TEMPO...
Estranho... Talvez por considerar que sempre posso (e devo) ajudar aos outros... Não consigo me sentir bem ao pensar em ter que trocar uma pessoa por outra... É preciso um certo malabarismo para tentar amparar a todos aqueles que acredito precisarem de mim... Mas estou ali... De alguma forma vou estar ali... Por telefone... Em um scrap... Via sms... Te escutando atenta e verdadeiramente por que sei da importância de ser ouvido (Basta lembrar da minha profissão)...
Pois é... Mas nem todos partilham da mesma profissão, nem da mesma convicção...
Entendam bem... Todos nós temos dificuldades... Problemas... Precisamos o tempo todo nos readaptar... E eu sei que nem sempre é fácil dar conta de tudo... Mas é justamente quando tudo parece mais complicado... Quando você se sente pressionado por todos os lados... Quando você se sente impelido a abandonar alguém... É justamente neste momento que não deveríamos nos abandonar...
Então respire fundo...
E faça desse post um atalho para uma reflexão mais profunda que, de preferência, dinamize uma tomada de consciência e uma mudança de atitude... Não troque pessoas... AGREGUE... Pense que qualquer pessoa que já foi importante na sua vida não merece ser uma opção a ser descartada, mas sim uma conquista a ser preservada.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O medo das escolhas

Em uma aula de hoje falei sobre o medo... Lembrei de um texto que escrevi há muito tempo, e que se aplica em relação ao medo que sentimos em todos os momentos nos quais fazemos escolhas na nossa vida...

Escolhas

Você faz a sua história
É difícil não se perder no caminho
É preciso seguir a pista certa
Posso te dar uma dica
Siga o que te faz sentir
Sensações vazias não preenchem a vida
Fazem você parecer de papel
Qualquer movimento te leva
Qualquer gota te danifica
Qualquer força te destrói
Não gosto de ditar regras
Principalmente pra mim
Preciso do inesperado
Prefiro assim.

sábado, 7 de agosto de 2010

Pequena citação com grande sentido...

"Dois amigos são uma mesma alma vivendo em dois corpos" (Aristóteles, 384-322 a.C.)

Agora me diz: Tem como não gostar de Filosofia? 

Quer tentar me entender um pouquinho? Então conheça Carl Rogers

Desde os tempos de faculdade tenho uma paixão desmedida pela teoria mais bonita que já vi em Psicologia, e também pelo seu criador...Então...


Carl Ransom Rogers, precurssor da Psicologia humanista, criou a linha teórica chamada Abordagem Centrada na Pessoa. Bem... Sim... Mas e daí?

Tornar-se pessoa - Apaixone-se pelos seres humanos que convivem com você

Rogers estabeleceu que todos os homens são bons em sua essência... O que acontece muitas vezes é que por conta das inúmeras situações a que são submetidos ao longo de sua vida podem desenvolver processos e situações de doença... Mas todo homem é, originariamente, Bom.

Um conceito que se faz presente e imprescindível na prática clínica Rogeriana chama-se Consideração Positiva Incondicional... Ter consideração positiva incondicional é receber, e aceitar a pessoa como ela é e expressar uma consideração positiva por ela, SIMPLESMENTE POR QUE ELA EXISTE, não sendo necessário que faça ou seja isto ou aquilo.

E quem é o Terapeuta nesse processo? Tudo se torna ainda mais atraente e desafiador... O profissional não pode simplesmente apropriar-se de uma "técnica", é necessário que lhe seja próprio e natural agir conforme as condições desenhadas por Rogers. Percebe-se então, por exemplo, que a expressão de uma afetividade incondicional só ocorre devidamente se brotar com SINCERIDADE do psicólogo; não há como simular tal afetividade.

Aplique Rogers em sua vida...Se permita apaixonar-se também por este ideal de ser humano bom...

Aqueles que não compreendem ou não aceitam a intensidade e beleza de suas idéias podem tachar Rogers de romântico... Que sejamos românticos como ele então...